Nos últimos anos, um assunto ganhou os holofotes tanto entre os bitcoiners quanto entre os shitcoiners: os NFTs no Bitcoin.
Essa é uma ideia antiga. Para quem não sabe, os primeiros NFTs foram criados na rede Bitcoin em 2013, os chamados “colored coins“.
No entanto, naquela época, ainda era um estágio inicial da rede e essa abordagem não ganhou tração.
Entretanto, atualmente, uma nova perspectiva surgiu com os Bitcoin Ordinals, provocando considerável controvérsia. Enquanto alguns apoiam vigorosamente essa ideia, outros expressam preocupações sobre suas implicações para a rede.
Diante disso, compilamos os principais tópicos que estão sendo debatidos, com o intuito de proporcionar uma compreensão mais abrangente sobre o que exatamente são os Ordinals, como eles operam e quais os possíveis desdobramentos desse protocolo para o ecossistema do Bitcoin.
Vamos lá?!
Índice:
O que são Ordinals?
Ordinals são uma tecnologia na blockchain do Bitcoin que permitem a inscrição de dados digitais, como imagens, textos e vídeos, diretamente em satoshis, a menor unidade do Bitcoin.
Essas inscrições tornam os satoshis únicos e colecionáveis, funcionando como NFTs (Tokens Não Fungíveis) dentro do ecossistema Bitcoin.
Assim, é possível registrar, por exemplo, uma obra de arte digital que ficará associada à este satoshi.
Como os ordinals do Bitcoin surgiram?
Os ordinals surgiram em fevereiro de 2022 e foi idealizado pelo desenvolvedor Casey Rodarmor.
No entanto, somente em 21 de janeiro de 2023, quase um ano após a proposta ter sido apresentada para discussão, é que os Ordinais foram oficialmente lançados.
Além disso, é importante mencionar que o protocolo Ordinal só é possível por causa da atualização Taproot do Bitcoin, introduzida em novembro de 2021, que aumentou a privacidade e eficiência da rede, além de permitir transações complexas.
Como os Ordinals funcionam?
Os Ordinals funcionam inscrevendo dados digitais em satoshis individuais na blockchain do Bitcoin, transformando cada satoshi inscrito em um ativo digital único, similar a um NFT.
Teoria ordinal no Bitcoin
A teoria ordinal representa um sistema de numeração dos satoshis de forma sequencial, de acordo com a ordem em que eles aparecem. Por essa razão, recebe o nome de ORDINALS, indicando a enumeração em sequência.
Esses satoshis são classificados e vinculados a outras informações que os usuários desejam, como imagens, textos, vídeos e até mesmo jogos mais simples.
Essa abordagem possibilita a criação de propriedades não fungíveis para cada satoshi, abrindo portas para a concepção de registros similares aos NFTs no Bitcoin.
Essas “NFTs” são conhecidas como artefatos digitais, enquanto os metadados associados aos satoshis recebem o nome de Inscriptions.
Os Ordinals, ao permitirem essa associação de informações únicas a cada satoshi, potencialmente redefinem a maneira como os ativos digitais são representados e valorizados dentro da rede Bitcoin.
Além disso, isso também levanta questões sobre a interseção entre a funcionalidade do Ordinals e a natureza descentralizada e segura da própria rede.
O que são inscriptions?
As inscriptions são registros digitais feitos em satoshis específicos na blockchain do Bitcoin, através do processo Ordinals.
As inscriptions fornecem uma maneira de vincular informações adicionais aos satoshis, além do seu valor monetário. Assim, elas são parte integrante do conceito de criar “artefatos digitais” e permitir a criação de propriedades não fungíveis (NFT-like) para cada unidade de satoshi.
Como as inscriptions funcionam?
As inscriptions funcionam vinculando dados digitais a satoshis na blockchain do Bitcoin, através de transações que incorporam esses dados.
Funcionalmente, as inscriptions podem incluir diversos tipos de dados, como texto, imagens, vídeos, links, informações de autenticidade, descrições, histórias de origem e muito mais.
Cada inscrição é vinculada a um satoshi específico por meio de um processo que é registrado na blockchain do Bitcoin. Isso significa que as inscriptions são armazenadas publicamente e de forma imutável, garantindo que as informações associadas a cada satoshi sejam confiáveis e permanentes.
Assim, as inscriptions permitem aos usuários atribuir valor, contexto e significado a cada satoshi individual.
Por exemplo, imagine que você possua um satoshi que tenha uma inscrição vinculada a uma obra de arte digital única.
Essa inscrição poderia conter detalhes sobre o artista, o título da obra, a data de criação e qualquer outra informação relevante. Isso transforma o satoshi em um artefato digital exclusivo, com um valor que vai além do seu equivalente em Bitcoin.
Entretanto, para que uma Inscription seja criada na rede, ela passa por duas etapas de transação:
- a “transaction commit”
- e a “transaction reveal”.
Transaction Commit (Comprometimento da Transação)
Quando um usuário deseja associar uma inscrição a um satoshi específico, eles iniciam o processo de comprometimento da transação. Isso envolve criar uma transação especial que contém a inscrição e informações relacionadas.
No entanto, essa transação não é imediatamente publicada na blockchain principal do Bitcoin.
Transaction Reveal (Revelação)
Após a criação da transação de comprometimento, o próximo passo é o processo de “reveal” ou revelação.
Nesse estágio, o usuário revela o conteúdo da transação de comprometimento, tornando-a pública. Isso é feito para que outros participantes da rede possam verificar a autenticidade da inscrição e garantir que não haja manipulação ou falsificação.
Níveis de raridade dos Satoshis
Os Ordinals categoriza os satoshis em diferentes níveis de raridade. Assim, o nível de raridade de um artefato digital estará vinculado ao nível de raridade do próprio satoshi que carrega essa informação.
Existem seis níveis de raridade que refletem os principais acontecimentos da rede Bitcoin:
- Comum: refere-se a qualquer satoshi que não seja o primeiro satoshi do seu bloco.
- Incomum: corresponde ao primeiro satoshi de cada bloco.
- Raro: representa o primeiro satoshi de cada ajuste de dificuldade.
- Épico: designa o primeiro satoshi de cada época de halvings
- Legendário: indica o primeiro satoshi de cada ciclo.
- Mítico: relaciona-se ao primeiro satoshi do bloco gênesis.
Além disso, também é possível encontrar artefatos digitais com uma raridade que foge desse padrão, sendo considerados exóticos.
Um exemplo são os números cabalísticos como 1111111111, que podem ser considerados raros devido à sequência numérica ter algum significado para as pessoas.
Evolução do sistema de raridade
Houve uma evolução do sistema de raridade inicialmente concebido por Rodarmor, no qual a comunidade bitcoiner agregou diversas outras categorias, bem como:
- Vintage: Essa categoria abrange os satoshis minerados nos 1.000 primeiros blocos da rede Bitcoin.
- Nakamoto: Os satoshis minerados diretamente pelo lendário Satoshi Nakamoto, a mente por trás da concepção do Bitcoin.
- First Transaction: Trata-se dos satoshis empregados na primeira transação do Bitcoin, realizada pelo próprio Satoshi Nakamoto para Hal Finney.
- Pizza: Nesta categoria, estão os satoshis envolvidos na infame “Pizza Day”, quando Laszlo Hanyecz trocou uma quantidade significativa de bitcoins por duas pizzas.
- Block 9: Esses satoshis são provenientes do bloco 9, representando os mais antigos em circulação, a menos que a carteira do próprio Satoshi Nakamoto seja reativada, o que acrescentaria uma camada adicional de raridade.
- Block 78: Representam os satoshis minerados por Hal Finney no primeiro bloco que não foi minerado por Satoshi Nakamoto.
- Palíndromo: Nessa categoria, encontram-se os satoshis cuja sequência numérica é idêntica se lida do início para o fim ou do fim para o início.
Qual a diferença entre NFTs do Bitcoin e NFTs do Ethereum?
Essa classificação de raridade já difere do que é visto nos NFTs de outras blockchains, e além disso, os Ordinals no Bitcoin funcionam de maneira distinta em comparação com os NFTs do Ethereum.
- Primeiro, porque não existe um token que representa esses artefatos digitais como existe nos NFTs em Ethereum, onde são utilizados os padrões de tokens ERC721 e ERC1155.
- Segundo, as inscriptions são diretamente registradas na blockchain do Bitcoin, utilizando pré-imagens, o que permite a reconstrução por qualquer computador sem depender de intermediários. Essa abordagem confere imutabilidade e descentralização aos artefatos digitais.
No caso do Ethereum, as imagens não são gravadas diretamente na blockchain, mas são armazenadas em sites externos, como o OpenSea. Esses sites atuam como agentes centralizadores e podem retirar as imagens do ar a qualquer momento, além de permitir que artistas modifiquem as imagens após o registro, o que pode afetar o valor positiva ou negativamente.
Além disso, as taxas para criar uma inscription no Bitcoin podem ser significativamente menores do que para “mintaar” um NFT no Ethereum.
Taxas mais baixas após Segwit
A adoção da atualização SegWit no Bitcoin resultou em taxas 75% mais baixas. Assim, enquanto a taxa para criar uma inscription no Bitcoin pode ficar em torno de $20, no Ethereum, em camada um, custaria cerca de $140.
Em carteiras que suportam endereços Taproot, as taxas tornam-se ainda mais reduzidas em comparação com os NFTs no Ethereum. As taxas de transação de um ordinal são cerca de 10 vezes mais econômicas do que as de um NFT no Ethereum, graças à implementação do Taproot (viu só?! Foi o que falamos no ínicio do artigo).
Entretanto, com toda essa evolução, algumas questões têm aparecido, bem como:
- a utilização do espaço do bloco,
- e as taxas de rede.
Portanto, é fundamental compreender esses dois pontos para ter uma visão completa do impacto e das implicações dos Ordinals no ecossistema do Bitcoin.
O maior bloco da história do Bitcoin!
A partir do momento em que as pessoas começaram a inserir inscriptions na rede Bitcoin, a mempool começou a se encher e, em menos de 15 dias, as inscriptions já ocupavam 50% do espaço nos blocos do Bitcoin.
Como resultado, tivemos um recorde estabelecido com a criação do maior bloco da história do Bitcoin em 1º de fevereiro, o bloco 774.628 atingiu um tamanho de 3,96 MB:
Importância da atualização SegWit e Taproot para os Ordinals
Muita gente ficou confusa, porque o tamanho de bloco do Bitcoin no início da rede era de 1MB, então, como foi possível inserir quase 4MB de informações em um bloco?
Acontece que o soft fork da atualização SegWit, realizado em 2017, não apenas reduziu as taxas, mas também permitiu um armazenamento extra de 3 MB em uma estrutura chamada testemunha segregada (segregated witness).
Assim, essa atualização possibilitou o aumento da quantidade de informações em um bloco sem a necessidade de um hard fork.
Além disso, como já mencionamos anteriormente, a atualização subsequente do soft fork, denominada Taproot e realizada em 2021, também contribuiu para o surgimento dos Ordinals.
Isso ocorreu pois o Taproot removeu o limite inicial de tamanho de bloco de 1MB, permitindo a inclusão de mais informações na blockchain a um custo mais baixo, sem recorrer a hard forks.
Dessa forma, com os 1MB iniciais e mais os 3MB de espaço ampliado pelo SegWit, os blocos agora podem alcançar 4MB, como estamos presenciando com os Ordinals.
Esse super bloco de quase 4 MB continha apenas 63 transações, sendo que 99,5% do espaço do bloco, representado em azul, foi ocupado por apenas uma imagem: o meme do mago Taproot, que agora é o Inscription 652.
Limite do bloco de até 4mb
No geral, o tamanho médio dos blocos aumentou em resposta à demanda por inscriptions na rede, o que também gerou controvérsias.
Surgiu o receio de que uma blockchain mais pesada exigisse equipamentos mais potentes e custosos para que indivíduos pudessem executar seus próprios nodes, potencialmente impactando a descentralização do Bitcoin.
Contudo, ficou estabelecido que o limite do bloco é de até 4MB e esse espaço pode ser utilizado sem afetar negativamente a capacidade das pessoas de executar nós da forma atual.
Pierre Rochard fez um cálculo perspicaz:
Neste tuíte, ele mencionou que 4MB a cada dez minutos resultariam em 210 GB por ano, equivalendo a aproximadamente $10 em custo de espaço de armazenamento por ano e 30 minutos de uso por ano de gigabytes de internet.
Ele concluiu afirmando: “Acredito que ficaremos bem“.
As taxas estão mais caras por causa dos ordinals?
Outro ponto a ser considerado é que essas imagens ocupam um espaço maior nos blocos, o que reduz o espaço disponível para as transações financeiras tradicionais. Isso acaba resultando em uma fila de espera para essas transações comuns, e as taxas acabam se tornando mais elevadas para todos os usuários.
Entretanto, até o momento, os blocos cheios não têm refletido diretamente em aumentos nas taxas, mas se elas aumentarem, a lucratividade dos mineradores também tende a crescer.
Portanto, nós compreendemos que essa situação pode ser favorável para os mineradores, especialmente em um período de mercado em baixa (bear).
Assim, dado que as inscriptions ocupam um espaço maior nos blocos, os criadores dessas imagens devem pagar taxas proporcionais ao tamanho desse conteúdo. Isso atua como uma medida para evitar que os blocos sejam completamente preenchidos por uma única imagem, já que o custo seria significativamente elevado para registrar esse tipo de conteúdo.
Com o passar do tempo, é provável que as transações financeiras de maior volume na camada 1 aumentem, levando a pagamentos de taxas mais substanciais para garantir prioridade.
Nesse sentido, as taxas se tornarão um elemento de seleção natural, onde somente as inscriptions que possuem real valor estarão dispostas a pagar taxas mais altas para serem incluídas nos blocos.
Outro aspecto positivo é que se as taxas aumentarem na camada 1, isso pode levar as pessoas a transacionarem mais em camada 2, na lightning network do Bitcoin, por exemplo, que tem taxas super baixas e liquidação praticamente instantânea.
O surgimento do ordinals trouxe uma grande discussão entre os bitcoiners. Alguns acham que os blocos da camada 1 são preciosos e não podem ser preenchidos com imagens inúteis.
Entretanto, outros acham que o Ordinals vai trazer novos casos de uso pro Bitcoin, além de trazer a galera shitcoiner de volta pro btc, fazendo crescer ainda mais a sua adoção.
Inscriptions são um ataque ao Bitcoin?
Outro ponto que perturba alguns bitcoiners é que Ordinals poderia ser um vetor de ataque à fungibilidade do Bitcoin.
Assim, se um satoshi tem um nível de raridade diferente de outro satoshi, isso que dizer que um satoshi não seria igual ao outro.
Isso até já foi bastante debatido no BitcoinTalk no passado onde se falava em criar números de série para os satoshis:
Entretanto, o que refuta esse argumento é que essa diferenciação não acontece no protocolo bitcoin em si, apenas em Ordinals, um protocolo que roda acima do Bitcoin.
Ou seja, esse número de série não faz parte do consenso da rede. Assim, as pessoas podem colecionar satoshis da maneira que quiserem, porque a rede Bitcoin não faz distinção entre os satoshis.
Portanto, todos satoshis são iguais para os nodes bitcoin.
Como criar um inscription na rede Bitcoin?
Qualquer pessoa pode criar um inscription na rede Bitcoin! Portanto, isso pode ser feito de maneira independente ao executar seu próprio node bitcoin ou por meio de sites que oferecem esse serviço mediante uma taxa adicional (muitas vezes significativa).
Listamos alguns abaixo:
Ordinals.bot
Um dos sites que disponibiliza essa funcionalidade é o Ordinals.bot. Nele, você realiza o upload da imagem desejada, insere o endereço da sua carteira Bitcoin, seleciona a taxa que está disposto a pagar e pronto!
Depois disso, basta aguardar os mineradores validarem a transação.
Gamma.io
Outra opção é o site Gamma, onde é possível criar inscriptions tanto para imagens, quanto para textos.
Esse serviço visa democratizar o acesso aos Ordinals, tornando mais fácil para os indivíduos aproveitarem os benefícios dos artefatos digitais exclusivos na blockchain do Bitcoin.
Os inscriptions vem crescendo rapidamente!
O gráfico abaixo ilustra o crescimento das inscriptions na rede Bitcoin, e é impressionante observar sua contínua expansão.
Em 9 de fevereiro, já havia mais de 40 mil inscriptions registrados e ao analisar os dados, fica evidente que esse número quase duplica a cada dia.
ATUALIZAÇÃO: Dia 13 de fevereiro de 2023 e já são mais de 75 mil inscriptions registrados.
O crescimento expressivo dos inscriptions na rede Bitcoin é um reflexo do interesse crescente em criar e registrar artefatos digitais exclusivos na blockchain.
Esse fenômeno pode ser atribuído a vários fatores, incluindo:
- Novos Casos de Uso: A introdução dos Ordinals trouxe consigo uma nova perspectiva para o uso da blockchain do Bitcoin. Com a possibilidade de anexar conteúdo único e valioso aos satoshis, os usuários têm encontrado maneiras inovadoras de explorar esse recurso.
- Maior Consciência: À medida que a notícia sobre os Ordinals se espalha, mais pessoas estão se interessando por essa funcionalidade e desejando participar da criação e registro desses artefatos.
- Potencial Valor: A natureza exclusiva e imutável dos inscriptions na blockchain do Bitcoin pode atribuir a eles um valor especial. Como resultado, algumas pessoas estão vendo isso como uma oportunidade de investimento, especialmente se as inscriptions se tornarem mais amplamente aceitas e valorizadas ao longo do tempo.
- Acesso Facilitado: A existência de sites e plataformas que facilitam a criação de inscriptions tornou o processo mais acessível.
Onde comprar e vender inscriptions?
Atualmente, você pode comprar e vender inscriptions através de duas plataformas:
- Ordinals Wallet, uma plataforma que oferece a funcionalidade de comprar e vender inscrições diretamente (sem a necessidade de intermediários). Falaremos mais sobre ela no decorrer do artigo.
- Binance, que lançou o Binance Inscriptions Marketplace, uma plataforma que permite aos usuários comprar, vender e cunhar inscriptions. Entretanto, é importante mencionar que essa plataforma é hospedada no aplicativo da Binance, e suporta tokens BRC-20, entre outros.
Além disso, também existem exploradores que permitem com que você acompanhe todas as inscriptions que estão sendo gravadas na rede Bitcoin, em tempo real.
Veja abaixo:
Ordinals explorer
O Ordinals Explorer é o site oficial do protocolo Ordinals. Nele, você pode obter informações detalhadas sobre o protocolo e também sobre cada Inscription individualmente.
O explorador permite uma visão completa e transparente das atividades relacionadas aos Inscriptions.
Onde guardar inscriptions?
Para guardar inscriptions, que são ativos digitais únicos vinculados a satoshis na blockchain do Bitcoin, você precisa de uma carteira que suporte o protocolo Ordinals.
Algumas carteiras de hardware e software já oferecem suporte para Ordinals, sendo possível armazenar as inscriptions em seu próprio node Bitcoin, ou em uma carteira que suporte o endereço Taproot, como a Sparrow Wallet.
Além disso, há também a Ordinals Wallet, como citamos acima, uma carteira digital projetada unicamente para armazenar, enviar e receber Ordinals.
Ordinals Wallet
A Ordinals Wallet é uma carteira não custodial, desenvolvida especificamente para usuários do Bitcoin, projetada exclusivamente para negociação e armazenamento de Ordinals, ativos digitais únicos na blockchain do Bitcoin.
Além disso, a Ordinals Wallet também funciona como marketplace, e a plataforma se destaca ao facilitar a compra, venda e inscrição desses ativos.
Adicionalmente, a plataforma oferece jogos e permite a compra e venda direta de Bitcoin.
Como acompanhar as estatísticas de Ordinals?
O site Dune, que já mapeia NFTs em outras blockchains, agora também fornece estatísticas sobre os Ordinals.
No site, você encontrará gráficos relacionados aos tipos de inscriptions, taxas, tamanho de bloco e adoção do Taproot.
Conclusão
O Ordinals torna ainda mais evidente o caráter descentralizado, à prova de censura e de código aberto do Bitcoin, permitindo que qualquer indivíduo crie coisas e protocolos sobre sua estrutura.
Isso de forma alguma compromete a segurança, imutabilidade e os incentivos do Bitcoin. Pelo contrário, intensifica o debate em torno do futuro da rede, promove uma maior adoção e gradualmente absorve uma crescente demanda.
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Fundadora da Area Bitcoin, um dos maiores projetos de educação de Bitcoin do mundo, publicitária, apaixonada por tecnologia e mão na massa full time. Já participou das principais conferências de Bitcoin como Adopting, Satsconf, Surfin Bitcoin e Bitcoin Conference.
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