Para muitas pessoas, aposentadoria e Bitcoin não combinam, mas eu vou te provar que não é bem assim. Não é porque o Bitcoin é volátil que você deve deixar de acumular satoshis. Na verdade, o Bitcoin pode até acelerar a conquista de grandes objetivos, como a independência financeira ou soberania, se for utilizado da forma correta.
Quem pensa em se aposentar mais cedo normalmente traça um plano de investimentos no qual o acúmulo de ativos ao longo dos anos irá gerar uma renda passiva capaz de cobrir todos os seus custos, sem que você precise necessariamente continuar trabalhando e sem ficar dependente do INSS, que muitas vezes não acompanha sequer a inflação.
Portanto, neste artigo, vou te mostrar, detalhadamente, por que diversificar sua carteira de ativos de longo prazo, investindo uma parte em Bitcoin, faz TODA a diferença na sua estratégia de aposentadoria precoce ou independência financeira.
Bora descobrir se é viável aposentar com Bitcoin?!
Índice:
Onde o Bitcoin se encaixa no plano de aposentadoria?
Para atingir a independência financeira é necessário acumular ativos que paguem juros, dividendos, aluguéis ou que se valorizem, para que com o tempo atinjam a exponencialidade.
Ou seja, por meio dos juros compostos e das assimetrias, o volume que você investe se torna tão grande que seus ativos sustentam seu estilo de vida, sem diluir seu patrimônio, a ponto de você não precisar mais trabalhar, caso não queira.
Só que o Bitcoin não oferece dividendos nem gera renda passiva. Ele é um ativo poderoso, que passa por movimentos parabólicos de valorização e ainda está em fase inicial de adoção.
O Bitcoin não gera rendimentos, mas sim aumenta de valor ao longo do tempo, pois se torna cada vez mais escasso e valioso, assim como qualquer colecionável ou o próprio ouro.
Estratégia de investimento DCA e aposentadoria
A estratégia de investimento conhecida como Dollar Cost Averaging (DCA), aplicada ao Bitcoin, consiste em investir uma quantia fixa de dinheiro no Bitcoin em intervalos regulares, independentemente do preço da moeda naquele momento. Essa abordagem é particularmente popular entre os investidores que desejam minimizar o impacto da volatilidade do mercado.
Vantagens do DCA em Bitcoin:
- Reduz o Impacto da Volatilidade: Ao investir montantes fixos regularmente, você compra mais Bitcoin quando os preços estão baixos e menos quando estão altos. Isso pode reduzir o custo médio de compra ao longo do tempo.
- Simplicidade e Disciplina: Estabelecer um plano de investimento recorrente elimina a necessidade de tentar “prever o mercado” ou investir grandes somas de uma vez, o que pode ser arriscado.
- Adequado para Iniciantes: É uma estratégia fácil de seguir, tornando-a ideal para quem é novo no investimento em Bitcoin.
- Aproveitamento de Longo Prazo: O DCA é eficaz para investidores com uma perspectiva de longo prazo, já que o Bitcoin, como ativo de longo prazo, tem demonstrado um potencial de valorização significativo ao longo dos anos.
Como o DCA ajuda você a se aposentar com Bitcoin?
A aplicação da estratégia de Dollar Cost Averaging no investimento em Bitcoin pode ser uma abordagem eficaz para construir um portfólio de aposentadoria.
Ao investir consistentemente quantias fixas em Bitcoin ao longo do tempo, independentemente das flutuações do mercado, os investidores podem acumular uma quantidade significativa da moeda para o longo prazo.
Assim, essa estratégia alinha-se bem com os planos de aposentadoria, pois promove o crescimento gradual e contínuo do investimento, reduzindo o risco de grandes perdas devido à volatilidade do mercado.
Com o Bitcoin sendo uma classe de ativo emergente e com alto potencial de valorização a longo prazo, sua inclusão em um portfólio de aposentadoria através do DCA pode oferecer uma diversificação valiosa e a possibilidade de ganhos substanciais ao longo dos anos, contribuindo para um futuro financeiramente seguro.
Devo investir em Bitcoin para aposentar mais cedo?
Se você ainda está em dúvida se vale a pena investir Bitcoin no seu portfólio de longo prazo, olha só esse estudo que a Grayscale lançou em 2019:
Essa imagem demonstra que até mesmo porções muito pequenas, como 1%, 3% ou 5% de Bitcoin, fazem toda a diferença no desempenho da carteira.
- Um portfólio que colocou 1% em Bitcoin viu seu retorno aumentar em 16%;
- Quem colocou 3% viu seu retorno aumentar em 36%;
- E quem colocou 5% performou 49% melhor.
Esse estudo demonstra como diversificar com porções pequenas de Bitcoin não aumenta o risco do portfólio e resulta em maiores retornos no longo prazo.
Realizamos um cálculo para ilustrar isso na prática. No entanto, antes de prosseguir, gostaria de compartilhar mais algumas informações com você.
É a escassez digital, a imutabilidade, a descentralização e a crescente demanda que têm feito o Bitcoin se valorizar muito mais do que qualquer outro título, ação ou commodity nos últimos 10 anos.
Assimetria do Bitcoin (CAGR)
A assimetria dele é impressionante, veja abaixo:
Bitcoin tem um CAGR, uma taxa de crescimento anual composto de cerca de 206% de 2011 até o fechamento de 2021.
CAGR é a média de valorização ao longo dos anos, desde o início até o momento do cálculo.
Essa média de 206% é muito mais que as ações americanas (QQQ) que tem 14,4% de CAGR, que o mercado imobiliário americano (VNQ) 9,9% e títulos de governos ou bonds (BND) americanos que tem um CAGR de 3,3%.
Portanto, isso quer dizer que 100 dólares aportados desde em Bitcoin, ações e títulos teriam performances completamente diferentes.
Escassez do Bitcoin
Alguns argumentam que retornos passados não garantem retornos futuros, mas é inegável que o potencial de valorização do Bitcoin ainda é gigantesco. Isso ocorre porque o Bitcoin é escasso, com apenas 21 milhões de unidades disponíveis, e seu funcionamento é matematicamente previsível.
Portanto, toda a política monetária do Bitcoin foi programada desde 2009 e todos têm conhecimento de como a rede irá operar pelo menos nos próximos 120 anos.
Para entender mais sobre isso, sugiro que você leia o nosso artigo “o que é halving do Bitcoin?“
A imagem abaixo ilustra a previsibilidade do Bitcoin por meio de uma política monetária já programada, imutável e transparente desde o início de sua operação.
Há também uma escassez significativa de Bitcoin em circulação, pois não apenas o número de hodlers, que compram e guardam BTC, continua crescendo, mas também o número de corporações que estão adquirindo grandes volumes, armazenando e oferecendo serviços utilizando o Bitcoin.
Empresas como PayPal, Square, BlackRock, MicroStrategy e todos os principais bancos globais estão acumulando Bitcoin e incorporando-o em seus modelos de negócio.
Crescimento dos aportes em Bitcoin
A imagem abaixo mostra como entidades vem crescendo seus aportes em Bitcoin desde 2010, sejam pessoas comuns (hodlers) ou corporações do sistema financeiro.
Bitcoin aos poucos está ocupando espaço no portfólio como uma ativo não dependente do sistema fiat.
Como diria Greg Foss:
” um seguro contra o risco sistêmico das fiats, dos bancos e da inadimplência da dívida soberana”.
BTC tem feito mínimas cada vez mais altas e se a gente traçar uma média de preço vai ver que, apesar da volatilidade, existe uma tendência de valorização ascendente.
Assim, mesmo com a volatilidade, tão criticada por muitos especialistas do mercado, o Bitcoin tem se mostrado como um ativo com o melhor risco-retorno.
Veja como outros ativos ficam para trás quando comparados com o desempenho do Bitcoin nos últimos 10 anos:
Apesar de, no curto prazo, alguns investimentos apresentarem retornos negativos por alguns meses, devido à volatilidade, aqueles que compram e mantêm o Bitcoin por pelo menos 5 anos nunca tiveram prejuízo.
Portanto, aqueles que acabam obtendo resultados negativos com o Bitcoin são aqueles que o adquirem com foco no curto prazo e acabam vendendo por impulso ou ansiedade.
É só uma questão de paciência.
A imagem abaixo mostra como Bitcoin foi lucrativo 85% do tempo.
Além disso, na tabela abaixo a gente consegue ver o ROI, o retorno sobre investimento do Bitcoin, comparado com ouro e ações americanas.
Como você pode ver, o BTC tem ganhado de lavada ao longo dos anos, além de ter um retorno de mais de 100 mil por cento em dólares nos últimos 10 anos, ficando negativo apenas no último ano.
Simulação de performance de carteira com e sem Bitcoin
Se esses números não dão a dimensão do que tudo isso significa, vamos fazer uma simulação de qual é a diferença de performance entre uma carteira que tem bitcoin e de uma carteira que não tem Bitcoin.
Para isso vamos simular que você queira chegar na meta de ter de R$ 1,5 milhões para alcançar sua soberania financeira. Ou seja, você teria mais ou menos uma renda passiva de 5 mil reais por mês com esse valor, tendo como referência uma carteira de investimentos diversificada com ativos de renda fixa e renda variável que entrega uma rentabilidade de mais ou menos 4% ao ano descontada a inflação, o que representa aproximadamente 0,33% ao mês.
O exemplo clássico do mercado financeiro.
E vamos ser bastante pessimistas e imaginar que o Bitcoin não repetirá sua média de 200% ao ano de CAGR. Em vez disso, vamos supor que ele desacelerará e terá um rendimento equivalente a 1/5 desse valor, ou seja, uma média de 40% ao ano.
Além de tudo isso, suponhamos que aportes de R$1.000 sejam feitos todos os meses, com 5% (R$50) em Bitcoin e R$950 (95%) em ativos tradicionais, com uma rentabilidade média de 4% ao ano, descontada a inflação. Isso significa que, ao final de cada ano, seriam realizados aportes totais de R$600 em Bitcoin e R$11.400 em renda fixa e variável.
Bora ver o resultado!
No final do primeiro ano, a diferença entre a carteira com Bitcoin e a carteira sem Bitcoin foi de R$200, o que representa uma significativa diferença considerando que apenas 5%, uma parte pequena da carteira, está em Bitcoin.
No entanto, à medida que os aportes continuam ao longo dos anos, essa pequena porção de Bitcoin aumenta consideravelmente o desempenho da carteira com Bitcoin em relação à carteira sem Bitcoin.
Efeito da exponencialidade pegando tração
Ao final de 20 anos, a carteira com Bitcoin valorizou 11 vezes mais que a carteira sem Bitcoin, chegando a 4 milhões, enquanto a carteira tradicional sem BTC ficou na faixa dos 300 mil.
É importante observar que, nesse exercício, não houve realização de lucros e os satoshis permaneceram na carteira por 20 anos. Além disso, é interessante notar que uma pessoa que tem como meta atingir a independência financeira com 1,5 milhão em ativos alcançaria esse marco por volta da metade do 16º ano na carteira com Bitcoin.
Em contraste, com a carteira tradicional, mesmo depois de 20 anos, a carteira não atingiria a marca de 1,5 milhão sem que fosse necessário aumentar o valor dos aportes.
Lembrando que este é apenas um exercício baseado na média de valorização anual do BTC ao longo da última década.
Portanto, não há garantia de que o Bitcoin seguirá esse padrão de valorização, e é importante compreender as características do Bitcoin e o seu perfil como investidor antes de realizar qualquer compra.
Este artigo é um estudo e não deve ser considerado como uma recomendação de investimento. É fundamental realizar uma análise cuidadosa e estudar antes de tomar decisões de compra.
É possível aposentar mais cedo com Bitcoin?
Sim, conforme vimos ao longo do artigo, é chocante quando a gente coloca isso tudo na ponta do lápis, né?!
A grande questão aqui é que muitas pessoas reconhecem as oportunidades e os benefícios do Bitcoin, mas, ao se depararem com a realidade, acabam tendo dificuldades em manter seus investimentos.
Muitos acabam vendendo seus Bitcoins para realizar lucros rápidos, ou, por outro lado, os vendem em momentos de queda devido ao medo gerado pela volatilidade.
Existem várias histórias de pessoas que compraram Bitcoin quando o valor era baixo, a valores irrisórios como centavos, e o venderam quando atingiu US$ 1 ou US$ 10.
Assim, embora essas pessoas tenham obtido lucros significativos, venderam muito cedo e perderam as valorizações parabólicas que ocorreram posteriormente.
Portanto, a grande pegadinha reside aqui: as pessoas vendem Bitcoin porque focam exclusivamente no preço, sem considerar a transformação de longo prazo que ele pode provocar. É por isso que Michael Saylor afirma que o Bitcoin é um ativo para se manter por pelo menos 100 anos, já que mal começamos a explorar todas as possibilidades da internet do valor.
Então, bora fortalecer essas mãos e guardar Bitcoin para os próximos 20, 30, 50 anos, pois ainda estamos nos estágios iniciais de uma adoção que está por vir!
Quer saber mais sobre como o Bitcoin pode acelerar sua aposentadoria? Quer aposentar mais cedo investindo em Bitcoin? Então, assista ao vídeo abaixo, que apresenta as melhores estratégias para se aposentar com Bitcoin!
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Acumule satoshis, foco no longo prazo e opt out ✊
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Uma das principais educadoras de Bitcoin no Brasil e fundadora da Area Bitcoin, uma das maiores escolas de Bitcoin do mundo. Ela já participou de seminários para desenvolvedores de Bitcoin e Lightning da Chaincode (NY) e é palestrante recorrente em conferências sobre Bitcoin ao redor do mundo, bem como Adopting Bitcoin, Satsconf, Bitcoin Atlantis, Surfin Bitcoin e mais.
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