Se você tem de 20 a 30 anos, você provavelmente já percebeu que seus pais, quando tinham a sua idade, já tinham casa, carro ou conseguiram “prosperar”, de alguma forma, mais do que você.

Mas, porquê ter essa sensação? Parece que para nossa geração é muito mais difícil conquistar as coisas, não é mesmo

Mas, isso não é só uma sensação, é algo real mesmo!

A forma como a economia está desenhada penaliza gerações mais jovens, tornando mais difícil conquistar ou criar um bom patrimônio.

Porém, isso provavelmente deve mudar nos próximos anos. Por causa de grandes mudanças econômicas que irão acontecer, a gente vai ver a maior transferência de riqueza da história.

Quais e quantas gerações convivem no mundo atual?

Atualmente, podemos identificar seis gerações convivendo no mundo: a Geração Silenciosa, os Baby Boomers, a Geração X, a Geração Y (também conhecida como Millennials), Geração Z e a Alpha.

Cada uma dessas gerações apresenta características e valores distintos, moldados pelas experiências históricas e sociais que viveram. A convivência entre essas gerações pode gerar conflitos, mas também oferece a oportunidade de troca de conhecimentos e perspectivas.

Vamos entender melhor cada uma delas.

Silenciosos

A geração mais idosa é a dos Silent ou silenciosos, também conhecida como “Veteranos” ou “Traditionalistas”, é a geração nascida entre o início dos anos 1920 e meados da década de 1940.

Essa geração é considerada silenciosa pois cresceram em um período de forte controle social, em que a obediência e o respeito à hierarquia eram super valorizados.

Além disso, foram crianças que vivenciaram muitas dificuldades, bem como guerras e também pois havia a cultura que crianças não precisavam ser ouvidas. Logo, elas ficavam quietas em silêncio.

É uma geração de trabalhadores dedicados, comprometidos e leais às empresas.

Gerações

Baby Boomers

Depois dos silenciosos vieram os baby boomers, geração que nasceu entre 1946 a 1964 com a explosão de nascimento no pós-guerra global.

Eles cresceram em um período de crescimento econômico e estabilidade, que trouxe uma nova mentalidade de liberdade e individualismo, e muitos foram influenciados pelos movimentos sociais dos anos 60 e 70.

São considerados como a geração do trabalho duro e da dedicação à carreira, mas também valorizam a qualidade de vida e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Geração X

A Geração X são as pessoas nascidas entre o início da década de 1960 e o final da década de 1970.

Eles cresceram em um período de incerteza econômica e mudanças sociais, como o aumento do divórcio e a disseminação da tecnologia.

São conhecidos como uma geração independente, adaptável e flexível, que valoriza a autonomia e o trabalho em equipe.

Geração Y

Depois vem a geração y, formada pelos Millennials que nasceram entre 81 e 96. Foi a primeira geração a nascer num mundo globalizado e que viveu o surgimento da internet.

São considerados uma geração mais preocupada com o propósito do trabalho do que com o status e a hierarquia.

Valorizam a diversidade, a criatividade e a inovação, e buscam um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Geração Z

Depois dos millennials vem a geração z, nascida de 97 a 2012 e já acostumada com redes sociais, computador e internet.

Eles cresceram em um mundo totalmente digital e estão acostumados com tecnologia avançada desde a infância.

São considerados a primeira geração nativa digital, com grande habilidade em lidar com diferentes dispositivos e plataformas.

Valorizam a autenticidade, a colaboração e a transparência, e buscam um trabalho que faça sentido e que traga impacto positivo para a sociedade.

Geração Alpha

Alpha é o termo usado para descrever as pessoas nascidas a partir de meados dos anos 2010 até o momento presente. Essa geração ainda é muito jovem, mas já cresce em um mundo altamente tecnológico e conectado.

Os membros da Geração Alpha são nativos digitais e crescem rodeados de tecnologia, como smartphones, tablets, dispositivos de realidade virtual e assistentes de voz.

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Transferências de Riqueza

As transferências de riqueza acontecem organicamente ao longo da história, os mais velhos deixam patrimônio para os mais jovens.

Por isso se espera uma grande transferência de riqueza da geração silenciosa e dos baby boomers para os millenials e para a geração X.

Portanto, conforme a imagem abaixo, eles devem transferir cerca de US$ 68 trilhões só nos EUA ao longo dos próximos 25 anos.

Transferência de riqueza nos EUA

Entretanto, para os mais curiosos é que para além da transferência de riqueza geracional ou de herança familiar, há também uma transferência de riqueza que deve acontecer por mudanças econômicas globais.

Isso ocorre pois temos a inflação aumentando globalmente, juros subindo, Estados Unidos enfraquecendo sua hegemonia global, CBDCs sendo criadas e Bitcoin pegando tração como uma alternativa de dinheiro descentralizado.

Nova Ordem Mundial

Nós estamos à beira de uma mudança brusca nas dinâmicas econômicas, com o surgimento de uma nova ordem mundial, segundo o próprio Rai Dalio. E também de novas formas de investir sendo adotadas pelas gerações mais novas.

Mas, como isso vai acontecer?

Os Baby Boobmers são a geração que mais conseguiu acumular patrimônio. Logo, eles possuem cerca de 58 trilhões de dólares.

Enquanto isso, a Geração X e os Milenials não chegam nem a 20 trilhões.

Veja abaixo:

Riqueza comparada por gerações

Os Baby boomers concentram a maior parte da riqueza do mundo, porque eles viveram uma época pós guerra, na qual as economias estavam se estabilizando, tempos de juros estavam globalmente mais baixos, a inflação estava controlada e os empréstimos baratos.

Assim, ao longo da juventude dos Baby Boomers, governos se endividaram ao longo de décadas. Ou seja, países há anos geram dívidas maiores que o seu PIB.

Comparativo de dívidas e PIB

Veja que países como o Japão possuem dívidas de 257% do seu PIB, ou seja, um endividamento muito acima do seu PIB, somado à impressão de dinheiro e manipulação das taxas de juros.

Assim, pode até parecer que o governo controla a economia no curto prazo, mas na verdade, causa instabilidade econômica no longo prazo.

Logo, a geração que vem depois vive o momento em que a conta chega e é a mais afetada pelo empobrecimento, que se torna transgeracional.

Isso tudo aparece na dificuldade que a Geração X e Millennial possui na hora de acumular patrimônio, comprar casa, carro e outros bens.

São gerações que precisam trabalhar mais, economizar mais e até se endividar mais para ter o mesmo patrimônio que os pais ou avós tinham, quando tinham a mesma faixa de idade.

Dívidas e patrimônio (gráfico entre gerações)

Veja acima que os Millenials são a geração com a maior dívida.

Assim, muitos já possuem dívidas enormes quando entram na faculdade, gerada por financiamento estudantis, o que faz com que iniciem sua vida profissional mais endividados que os boomers (quando na mesma idade).

As faculdades viraram um mercado super bancarizado.

O acesso a financiamentos baratos fez o número de diplomados crescer, aumentando e muito a oferta de trabalhadores para poucos cargos disponíveis.

Assim, o resultado é uma quantidade enorme de diplomados endividados que não são absorvidos pelo mercado, ficam desempregados e acabam indo para outras áreas

Ironicamente os millennials são a geração mais educada. Mas, com a menor quantidade de riqueza acumulada na mesma faixa de idade. Subempregados, endividados e com um padrão de vida inferior ao de seus pais, muitas vezes ainda moram com os pais.

Bitcoin e Millenials

Não é surpreendente que os millennials seja a geração que está mais comprando Bitcoin e percebendo as fragilidades do sistema fiat tradicional.

Segundo esse estudo nos EUA, cerca de 20% dos Millenias já compraram Bitcoin. Essa é uma taxa bastante acima em relação a outras gerações.

% de compra de bitcoin por geração

Mas, o grande problema vem agora.

Com a redução das taxas de natalidade, os baby boomers estão se aposentando, dependendo ainda mais de seguridade social, e a pressão no sistemas de aposentadoria globais está aumentando.

Logo, com menos jovens trabalhando, grande parte deles endividados ou desempregados, como garantir a aposentadoria dos baby boomers?

Além disso, como os Millennials podem sair dessa roda de ratos de perda de poder de compra constante e endividamento?

A tendência de redução dos índices de nascimento deve permanecer em queda nos próximos anos. Além disso, o problema da aposentadoria dos baby boomers deve aumentar ainda mais.

Assim, a saída mais comum dada por governos é aumentar as medidas de austeridade, cortando benefícios e achatando o valor recebido na aposentadoria. Isso porque eles não vão mais conseguir cumprir com o que prometeram, dado que não há jovens no mercado de trabalho o suficiente pra sustentar o sistema de seguridade social da forma que ele é hoje.

Bitcoin pode resolver esse problema transgeracional e econômico

O Bitcoin pode resolver esse problema, primeiro pois é um dinheiro sólido, no qual não pode ser impresso para gerar dívida futura, como os governos têm feito.

O endividamento e a diluição do poder de compra das moedas fiat é uma herança sistemática que fica para as futuras gerações. Bitcoin não permite replicar esse sistema porque, como dissemos anteriormente, não é possível “imprimir” bitcoin para gerar mais dívida, é preciso usar o que tem.

Segundo porque com o tempo o sistema fiat tende a derreter de valor. Os salários, aposentadorias, moedas e investimentos tradicionais, geralmente, não acompanham a inflação real.

Assim, ao perceber isso, as pessoas tentarão se proteger buscando por ativos escassos que não podem ser deprecisados via inflação, e que podem ser facilmente adquiridos e guardados. No caso, Bitcoin.

As pessoas percebendo isso irão tentar se proteger buscando por ativos escassos que não podem ser depreciados via inflação e que podem ser facilmente adquiridos e guardados. No caso Bitcoin.

O Bitcoin pode ajudar mais as gerações X, Y, Z e Alpha, pois elas terão o privilégio de adotá-lo primeiro, além de ter a oportunidade de comprá-lo e guardá-lo antes dele ser totalmente monetizado e virar um padrão financeiro global. Ou seja, os millenials podem se beneficiar da desmonetização de ativos e sistemas tradicionais e da consequente monetização do padrão bitcoin.

Isso está acontecendo nesse momento!

Países, empresas, pessoas, bancos, fundos e gestoras estão comprando bitcoin!

Infelizmente, só não percebe esse movimento quem é cético demais, ou pessoas que querem continuar sendo desmonetizadas pela inflação.

Mas, o mais incrível é que Bitcoin também pode ajudar os baby boomers na questão deles com a aposentadoria.

Confira o vídeo sobre a maior transferência de RIQUEZA da HISTÓRIA:

Bitcoin como parte do plano de aposentadoria

Bitcoin está começando a ser inserido em planos de aposentadoria, inicialmente por pessoas físicas, que guardam btc pro longo prazo, mas também há um movimento de gestoras de capital, como a Fidellity, que está inserindo bitcoin nos planos de aposentadoria nos EUA.

Portanto, Bitcoin ao ser inserido em portfólios e em planos de aposentadoria pode ajudar os baby boomers, e qualquer geração, a manterem seu patrimônio e crescerem o seu poder de compra caso o sistema de seguridade social não tenha dinheiro suficiente pra pagar a aposentadoria de todos.

Imagina quando os PGBL da vida aqui no Brasil começarem a fazer propaganda que nos planos deles tem x% de bitcoin…Parece distante, mas pode acontecer antes do que você imagina.

Mesmo que os boomers não concordem em ter bitcoin no portfólio, os seus herdeiros estão sim propensos a inseri-lo.

Por isso que, invariavelmente, parte da riqueza dos boomers que as gerações X,Y,Z herdarão deve acabar sendo alocada em bitcoin.

Seja Baby Boomer, Millenial ou recém nascido, todas as gerações provavelmente usarão bitcoin. A própria desmonetização do sistema fiat e a monetização do bitcoin deve por si só ser a maior transferência de riqueza da história.


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Escrito por
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Carol Souza

Uma das principais educadoras de Bitcoin no Brasil e fundadora da Area Bitcoin, uma das maiores escolas de Bitcoin do mundo. Ela já participou de seminários para desenvolvedores de Bitcoin e Lightning da Chaincode (NY) e é palestrante recorrente em conferências sobre Bitcoin ao redor do mundo, bem como Adopting Bitcoin, Satsconf, Bitcoin Atlantis, Surfin Bitcoin e mais.

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