Bitcoin é o grande reboot do sistema, pois está prestes a transformar o sistema financeiro por completo! Pode até parecer exagero ou fruto de uma imaginação fértil, mas o processo já está em curso.

O Bitcoin está redefinindo o conceito de dinheiro, revolucionando os bancos e sistemas de pagamento que utilizamos, mudando as dinâmicas de investimento e até alterando o papel dos bancos centrais e das estruturas governamentais.

Portanto, enquanto muitos se preocupam com as flutuações no preço do Bitcoin, perdem de vista seu verdadeiro impacto:

  • a reavaliação gradativa do sistema financeiro
  • o ajuste da distribuição de riqueza global
  • e seu papel fundamental na inovação de diversas áreas, indo além da mera especulação financeira.

Com isso, podemos dizer que o Bitcoin está transformando o sistema financeiro em 4 aspectos principais:

  • Proporciona uma forma de dinheiro que mantém seu valor ao longo do tempo;
  • Garante que não possa ser controlado por nenhuma entidade, promovendo uma remodelação governamental;
  • Incentiva a responsabilidade e soberania individuais;
  • Conecta o dinheiro e energia de forma mais eficaz do que qualquer forma de dinheiro do passado.

Um dinheiro que conserva valor através do tempo

O Bitcoin introduz uma forma de moeda capaz de preservar e até aumentar seu valor ao longo do tempo, transformando fundamentalmente a concepção de dinheiro.

Ao optar pelo Bitcoin, você se engaja em um sistema no qual a moeda não apenas mantém seu valor, mas também tem o potencial de apreciar. Desde sua criação, o Bitcoin valorizou-se em 9 bilhões de por cento em termos de real, demonstrando não apenas um aumento de preço, mas também de adoção.

Este fenômeno é disruptivo em relação ao sistema financeiro vigente, no qual as moedas tradicionais, como o dólar e o real, sofrem desvalorização contínua — o dólar perdeu 97% de seu poder de compra, enquanto o real perdeu 87%.

O Brasil mesmo já passou por oito diferentes moedas antes do Real, enfrentando uma inflação acumulada em percentuais que atingem os quadrilhões!

A trajetória das moedas fiduciárias é marcada por uma constante desvalorização.

A perda de valor das moedas fiduciárias ocorre porque é possível criar quantidades ilimitadas delas, e os políticos frequentemente se aproveitam disso para financiar agendas políticas.

Esse é um dos motivos pelos quais os governos estão explorando a criação de versões digitais das moedas fiduciárias, conhecidas como CBDCs (Central Bank Digital Currencies), buscando modernizar, mas ainda dentro do conceito tradicional de dinheiro.

CBDCs

O Fórum Econômico Mundial classificou a introdução das CBDCs como um “grande reset”. No entanto, essa nomenclatura pode ser enganosa, pois tal movimento não representa um reinício, mas sim uma ampliação das capacidades do sistema financeiro atual.

A adoção das CBDCs potencializa a desvalorização monetária, facilitando aos governos a criação de dinheiro de forma praticamente ilimitada e instantânea, com o simples acionar de um botão. Isso tende a centralizar ainda mais o poder econômico e fortalecer entidades supranacionais, como o FMI e o próprio Fórum Econômico Mundial, que não são eleitas democraticamente.

Além disso, resultará em uma maior restrição à autonomia financeira individual, conforme indicado pelas palavras do diretor do Banco de Compensações Internacionais (BIS), que sugeriu que as CBDCs confeririam aos governos um controle absoluto sobre as finanças.

Portanto, o que foi descrito por Klaus Schwab como um “grande reset” parece mais ser a continuação e expansão do domínio do sistema fiduciário atual, onde bancos centrais e comerciais se aliam ainda mais estreitamente para monopolizar o setor financeiro e limitar a capacidade de proteção financeira das pessoas, especialmente através do Bitcoin.

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Diferença entre o Bitcoin e as CBDCs

Enquanto as CBDCs representam uma ferramenta de controle mais refinado para as autoridades, o Bitcoin surge como um mecanismo de libertação financeira, oferecendo um escape do empobrecimento provocado pela expansão monetária incessante.

Portanto, ele tem o potencial de revolucionar o sistema financeiro ao restaurar os incentivos econômicos fundamentais associados à acumulação e preservação de riqueza. A proliferação do dinheiro fiduciário e sua impressão desenfreada desencorajaram a prática de poupar para o futuro.

No entanto, seguindo princípios naturais e universais de economia, aqueles que economizam tendem a prosperar. Com o Bitcoin, o ato de guardar não apenas preserva, mas potencialmente aumenta o poder aquisitivo ao longo do tempo, incentivando o trabalho diligente e a acumulação de riqueza como pilares de uma vida financeiramente estável e confortável.

Essa dinâmica se deve à limitação inerente na oferta de Bitcoin, fixada em 21 milhões de unidades, uma característica estabelecida desde a concepção do protocolo por Satoshi Nakamoto.

Contrastando com o cenário atual, em que muitos governos estão imersos em dívidas insustentáveis, a prática contínua de imprimir dinheiro para cobrir gastos excedentes apenas agrava a situação.

Esse ciclo não apenas colapsa o valor da moeda, mas também onera gerações futuras com o peso de políticas econômicas questionáveis e corrupção, comprometendo sua capacidade de prosperar.

O Bitcoin, por outro lado, oferece uma alternativa viável, incentivando a responsabilidade fiscal e a sustentabilidade financeira a longo prazo.

Um dinheiro que não pode ser monopolizado por ninguém!

O Bitcoin não pode ser monopolizado por ninguém e, ao retirar o controle e as impressoras das mãos dos políticos, não só remodelará o dinheiro e o sistema financeiro, mas também a forma como os governos operam.

Uma imagem figurativa de um rei (monopólio)

Antes da era do dinheiro fiduciário, era incomum ouvir políticos prometendo financiar serviços públicos extensos com receitas tributárias.

Na verdade, muitos deles eram cautelosos em fazer promessas grandiosas.

Tudo mudou em 1971, quando o padrão ouro foi abandonado, permitindo que os governos imprimissem dinheiro sem lastro em ouro. Essa mudança desencadeou uma nova era de governança caracterizada por gastos governamentais irresponsáveis e a criação de déficits crônicos.

Políticos passaram a ganhar eleições prometendo redistribuir vastos recursos, sem considerar a sustentabilidade financeira. Essas promessas, na prática, significavam a impressão de mais dinheiro, resultando na desvalorização da moeda e na erosão do poder de compra da população, enquanto os custos de vida continuavam a escalar.

Dito isso, o Bitcoin oferece um paradigma completamente diferente. Ele elimina a possibilidade de financiar políticas populistas através da impressão descontrolada de dinheiro, impedindo assim a manipulação política e econômica.

Em vez disso, ele recompensa aqueles que contribuem para a segurança da rede, fornecendo poder computacional para proteger o protocolo e manter seus registros imunes a adulterações.

Essa recompensa pelo trabalho real – a mineração – é fundamentalmente diferente da criação de dinheiro fiduciário, que é imposta aos cidadãos sem escolha, refletindo uma adoção forçada sob o monopólio governamental das políticas monetárias, ao contrário da adoção orgânica e voluntária do Bitcoin, baseada no mérito e na utilidade.

Um dinheiro acessível e incensurável

O Bitcoin está redefinindo o cenário financeiro global graças à sua natureza descentralizada.

Ao contrário dos sistemas tradicionais, a rede do Bitcoin é aberta a todos, sem possibilidade de monopólio. Assim, a qualquer momento e em qualquer lugar do mundo, indivíduos podem participar livremente, criando carteiras, realizando transações, operando nós, minerando ou verificando a rede sem restrições.

Imune a desligamentos, a rede opera ininterruptamente, alcançando até regiões sem acesso à internet.

Autonomia financeira

A revolução do Bitcoin também reside na promoção da soberania individual, incentivando a autonomia financeira, tomadas de decisão conscientes e planejamento financeiro responsável.

Ao facilitar transações diretas entre pessoas, sem intermediários bancários, o Bitcoin capacita seus usuários a escolher produtos de maior qualidade, estimulando uma indústria menos descartável e mais sustentável.

Além disso, o BTC altera nossa relação com o consumo, encorajando um comportamento menos consumista e uma gestão de recursos próprios mais autoconfiante.

Em contraste, o dinheiro fiat promove uma cultura de gratificação imediata, consumo impulsivo e dependência de sistemas bancários, limitando a liberdade financeira e a autonomia pessoal.

Ativistas que desafiam o status quo, como Edward Snowden e Julian Assange, exemplificam como o sistema pode reprimir vozes dissidentes através do controle financeiro.

Direitos Humanos

Além de tudo isso, o Bitcoin também fortalece os direitos humanos, assegurando que, mesmo sob regimes autoritários, os indivíduos possam proteger seus recursos. Isso ocorre, pois ele devolve o poder ao povo, alinhando-se com a premissa de que os políticos devem servir à população, não o contrário.

Reformulando a relação entre dinheiro e energia, o Bitcoin concretiza previsões de visionários como Nikola Tesla e Henry Ford, que anteciparam uma ligação futura entre esses dois elementos.

Ao ser utilizado para estabilizar redes de energia renovável, monetizando excedentes e mitigando a intermitência, o Bitcoin promove uma revolução energética. Assim, ele não apenas incentiva a descentralização e eficiência da produção energética, mas também propõe um novo paradigma: energia como um valor a ser gerado e preservado, não apenas consumido.

Em resumo, o Bitcoin não é apenas um avanço tecnológico ou financeiro; é uma evolução energética e um movimento em direção a um futuro mais sustentável, autônomo e justo.

O Bitcoin é o verdadeiro reboot do sistema financeiro!

O Bitcoin redefine nossa interação com o dinheiro, altera o modo de atuação dos governos ao remover de suas mãos a capacidade de imprimir moeda à vontade, revitaliza nossa autoestima ao nos proporcionar acesso direto a esta rede robusta com total independência, e impulsiona a revolução energética com uma velocidade sem precedentes em comparação a qualquer outra tecnologia existente.

Em essência, ele concentra múltiplas inovações em uma única plataforma. E embora pareça ser uma única inovação, representa inúmeras possibilidades que eram inatingíveis antes de sua existência. 

Espero que tenha gostado desse artigo.

Até a próxima e opt out!

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Escrito por
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Carol Souza

Uma das principais educadoras de Bitcoin no Brasil e fundadora da Area Bitcoin, uma das maiores escolas de Bitcoin do mundo. Ela já participou de seminários para desenvolvedores de Bitcoin e Lightning da Chaincode (NY) e é palestrante recorrente em conferências sobre Bitcoin ao redor do mundo, bem como Adopting Bitcoin, Satsconf, Bitcoin Atlantis, Surfin Bitcoin e mais.

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