Recentemente Ray Dalio, uma das referências em gestão de portfólios, assumiu que tem bitcoin. Porém, ele também afirmou que se bitcoin começasse a fazer sucesso os governos iriam matá-lo:
Será que isso é possível? Esse é o argumento de muitas pessoas, e nesse artigo eu vou esclarecer porque governo nenhum no mundo tem o poder de parar o bitcoin.
A primeira ação que um governo pode pensar em fazer contra o bitcoin é tentar proibir o uso para pagamentos, a mineração e a sua posse. Em maio de 2021 a China provocou um ataque a rede bitcoin quando proibiu a mineração e seu uso para pagamentos.
O que aconteceu logo depois que essa decisão foi divulgada? O banimento do bitcoin na China fez o preço do bitcoin e o hashrate (o poder computacional da rede) despencar mais de 50%. A China era origem de quase metade do poder computacional da rede, muitos mineradores de bitcoin estavam alocados por lá e tiveram que se mudar às pressas.
Isso comprometeu a rede? Não. Muito pelo contrário. A proibição da mineração na China causou um êxodo imediato dos mineradores que se realocaram em outros lugares mais amigáveis ao bitcoin. Acabou contribuindo para descentralizar ainda mais a mineração e o hashrate para outros lugares que não a China, um crítica clássica dos haters do bitcoin até aquele momento. A rede seguiu rodando sem travamentos, sem atrasos, mantendo o consenso e minerando um bloco a cada 10 minutos.
Na época esse evento causou uma perda de aproximadamente metade do hashrate, os mineradores precisaram desligar as suas máquinas para sair da China. Isso pode ser visto na imagem abaixo. Com a realocação dos mineradores em outros lugares do planeta, o hashrate se recuperou e 6 meses depois estava de volta aos patamares anteriores à proibição. Hoje o hashrate é 40% maior do que quando a China baniu a mineração. Isso mostra a resiliência da rede bitcoin frente aos mais complexos ataques.
Bitcoin representa o capital mais móvel do mundo. Países que impuserem restrições vão acabar sofrendo uma saída massiva de capital e de empresas inovadoras. A proibição foi muito ruim para a própria China que perdeu toda uma indústria de empreendedores que levavam muita liquidez para o país. A China perdeu a chance de estimular toda uma nova indústria trilionária que já estava alocada no seu país. A descentralização é uma ameaça para governos que buscam por controle total da população.
Os países que lutarem contra serão os mais prejudicados, estarão se excluindo de aproveitar essa imparável mudança financeira trazida pelo bitcoin.
Pode proibir o bitcoin, mas não tem como impedir de usar
Os governos podem até proibir o bitcoin, mas eles não tem como impedir que as pessoas de acessá-lo. Bitcoin é uma rede global, de livre acesso e que não tem barreiras de entrada. Até sem internet é possível transacionar bitcoin. Mesmo proibindo as pessoas irão transacionar de qualquer forma via p2p.
Isso aparece na distribuição do hashrate atual (imagem abaixo) mesmo com a proibição em 2021, já observamos o retorno do poder computacional na China. Pessoas estão minerando de qualquer forma, mesmo que ilegalmente. China já representa de novo 21% do hashrate e já é o segundo país em mineração de Bitcoin mesmo após o banimento.
No fim das contas, proibir bitcoin é admitir que o bitcoin “funciona”. É uma ameaça para a centralização milenar do dinheiro, sobre definir à força e por decreto o que é valioso e o que não é.
Bitcoin é funcional como dinheiro. Se não fosse, governos não teriam nada a proibir. É uma ameaça a perda do monopólio e a possibilidade de manipulação da economia através da criação ilimitada de dinheiro em benefício dos cantilionários próximos às impressoras. Então, é possível que países proíbam o Bitcoin, mas a China já está aí para provar que banir não funciona.
Considero o Bitcoin dinheiro. Somente uma mudança na concepção do que é dinheiro pode mudar e deixar mais transparente o sistema financeiro como ele é hoje. Hoje dinheiro é o que governos definem que seja, mas historicamente são as pessoas que definem o que é dinheiro. Foi assim com o ouro, com o sal, com as conchas…
Bitcoin está sendo atacado com narrativas de que não tem valor intrínseco, que é muito lento, que é coisa de criminosos, golpistas, de que é muito volátil, que gasta muito energia, etc… cada hora é uma acusação diferente e erroneamente criativa!
Tudo isso serve pra gerar medo e afastar as pessoas da ferramenta magnífica que o bitcoin é. Ele preserva patrimônio independente de políticas monetárias, afinal o código do bitcoin não é afetado por decisão de banco central algum. É uma ferramenta de liberdade e autonomia para a humanidade.
Tudo que é valioso e traz mais liberdade para as pessoas tende a ser banido pelos governos centralizadores. Isso é recorrente na história. Quando os Estados Unidos tornaram ilegal as pessoas comuns terem ouro em 1933, o ouro não perdeu valor nem desapareceu do mapa. Na verdade aumentou seu valor em relação ao dólar e trinta anos depois a proibição foi suspensa.
Qualquer tentativa de banir o bitcoin ou regulamentar fortemente seu uso beneficiaria diretamente países mais amigáveis à descentralização. É pura teoria dos jogos. Por isso que estamos vendo países e cidades começando a adotar bitcoin e não a proibi-lo. Ninguém quer estar do lado perdedor no jogo de xadrez que é a geopolítica global, e agora bitcoin passa a ser peça chave.
Países rivais precisam de ativos de reserva neutros, como ouro ou bitcoin, uma vez que uns não podem confiar na moeda dos outros. Eles não vão trabalhar todos juntos para impedir o bitcoin. Líderes globais estão percebendo que quem adotar bitcoin primeiro irá atrair mais capital e tecnologia. Atacar o bitcoin é expulsar a inovação por medo de perder o controle. Mas vamos supor que eles tentem, como seriam esses ataques?
Governos atacando a rede bitcoin (ataque 51%)
Uma forma dos governos tentarem acabar com o bitcoin seria corrompendo a rede, hackeando, invadindo ou até bugando a blockchain bitcoin. Para atacar a rede bitcoin os governos teriam que ter um poder computacional, um hashrate maior que metade da rede BTC, que é a rede com maior poder computacional no mundo hoje. Teriam que tentar um ataque de 51%.
Para isso os governos teriam que fazer uma compra massiva de chips de mineração, algo extremamente escasso e caro atualmente. Essa compra bilionária, mesmo que paulatina, iria despertar um alerta dos bitcoiners e daria pra saber com muita antecedência se esse fosse um plano.
Mesmo uma compra massiva de máquinas não garantiria o comprometimento da rede como um todo, talvez apenas um gasto duplo ou a reversão dos últimos blocos inseridos na rede.
A rede Bitcoin tem um poder computacional absurdo, 340.000 vezes maior do que os 500 melhores supercomputadores do mundo combinados. Um ataque de 51% seria bilionário e ineficiente no sentido de acabar com o Bitcoin, um desperdício tentar.
Governos competindo com o bitcoin
Como eles não conseguem acabar com bitcoin, resolveram competir através das CBDCs. Mas quando se compara bitcoin com uma CBDC inflacionária ou até mesmo com outras criptomoedas centralizadas, fica claro a diferença. Não existe nada igual ao Bitcoin, mas é justamente isso que não querem que você entenda.
Aos poucos, as pessoas irão naturalmente escolher o dinheiro com a melhor capacidade de manter valor ao longo do tempo, com a melhores propriedades. E esse dinheiro é o bitcoin. Não é ouro, não é fiat e nem é outra criptomoeda.
A reserva de valor do futuro é o bitcoin. Não tem como proibir algo que a cada ataque resiste e ganha mais força. Bitcoin foi projetado para existir além do Estado. As tentativas de bani-lo apenas servem para reforçar os motivos do porque ele existe e retroalimenta a sua percepção de valor.
Para os governos a única saída é abraçar o bitcoin e não lutar contra.
Nesse vídeo a gente te mostra que, por mais que os governos tenham a intenção de proibir bitcoin, eles não conseguem parar a rede.
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Uma das principais educadoras de Bitcoin no Brasil e fundadora da Area Bitcoin, uma das maiores escolas de Bitcoin do mundo. Ela já participou de seminários para desenvolvedores de Bitcoin e Lightning da Chaincode (NY) e é palestrante recorrente em conferências sobre Bitcoin ao redor do mundo, bem como Adopting Bitcoin, Satsconf, Bitcoin Atlantis, Surfin Bitcoin e mais.
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