Falamos muito sobre como bitcoin é de fato descentralizado, seguro e que nenhum outro protocolo tem as mesmas propriedades que ele. Mas, sempre quando falamos isso, vem sempre alguém e pergunta: “mas, nem Ethereum?”

E a resposta é: Não. Nem Ethereum.

E esse artigo é para você entender de uma vez por todas porque Ethereum é centralizado e não é, em nada, parecido e muito menos compete com as propriedades do bitcoin.

Vamos lá?!

Como Ethereum foi criado?

Ethereum foi criado em 2013, quando Vitalik Buterin lançou seu yellow paper, documento onde estava descrito como iria funcionar o projeto.

Na sequência, em 2014, a Fundação Ethereum foi criada na Suíça e o plano de fazer um ICO, uma espécie de crowdfunding para financiar o projeto, foi a público.

O que chama atenção nesse processo é que cerca de 70% dos ethers foram pré-minerados para serem vendidos neste ICO.

Até hoje, 60% dos ethers que existem em circulação foram emitidos nesse momento anterior ao primeiro bloco a ser minerado.

Em outras palavras, apenas 40% dos ethers em circulação foram criados por meio do proof of work, enquanto os outros 60% foram criados a partir do nada, sem qualquer custo de emissão. Isso é semelhante à maneira como os bancos centrais criam dinheiro do nada, sem custo algum, e esse problema é frequentemente apontado por nós.

repartição por tipos de abastecimento

Outro ponto é que a distribuição de moedas durante o ICO foi bastante direcionada.

Na imagem abaixo, observe como os ethers fluíram com precisão matemática por duas semanas seguidas.

Note que não houve nenhuma oscilação nas vendas, quedas e picos de demanda, como acontece em qualquer crowdfounding.

As compras aleatórias de usuários early adopters de uma nova tecnologia não se comportam dessa forma, o que pode levar a um fluxo desigual de moedas para um indivíduo ou grupo específico, como foi relatado por Preston Byrne em seu artigo.

Gráfico

O gráfico deveria ter um comportamento mais parecido com as imagens de crowdfundings no Kickstarter, como esse em azul aqui abaixo, com oscilações de demanda que são naturais do processo.

Gráfico

Isso leva a crer que os tokens emitidos fluíram diretamente para carteiras já pré-determinadas antes do lançamento e não por uma demanda natural que tem oscilações.

Outro ponto é que desses tokens pré-minerados uma parte ficou com a Fundação Ethereum, com os fundadores (Vitalik, Joseph Lubin, Gavin Wood e o Charles Hoskinson) e com insiders. Logo, isso quer dizer que a pré-mineração beneficia esses contribuidores iniciais.

Essa é uma forma de lançar projetos muito parecida com ações de uma empresa, onde os sócios fundadores e investidores iniciais já saem de largada com uma fatia do negócio.

Essa distribuição inicial sem proof of work é ainda mais crítica, pois o projeto vai virar proof of stake com a fusão conhecida como The Merge.

Qual poder essas entidades terão sobre a rede, já que a quantidade de moedas que se tem determina o poder de validação de cada bloco?

Essa é uma grande diferença em relação ao bitcoin.

Satoshi lançou o whitepaper publicamente e qualquer pessoa poderia copiá-lo, não houve pré-mineração, e cada BTC só pode ser criado através de proof of work, de trabalho real.

Não houve pré-mineração com pré- distribuição de moedas para insiders, investidores, desenvolvedores ou foundations. Além disso, não é nem possível gastar os primeiros BTC do bloco gênesis, eles não tem UTXO.

Bitcoin foi criado de forma justa, onde, para se beneficiar do sistema, você precisa mostrar trabalho e seguir as regras que todos seguem, sem exceção.

A estreita relação do JP MORGAN com Ethereum

Outra treta é o JP Morgan entranhado no protocolo desde o início.

O Próprio Joseph Lubin, um dos fundadores de Ethereum admitiu:

“Mesmo antes de o primeiro bloco Ethereum ser minerado e a ConsenSys ser formada, nós colaboramos com o J.P. Morgan na criação do Ethereum.”

Joseph Lubin

Portanto, como a moeda pode ser descentralizada se um banco do tamanho do JP Morgan estava envolvido desde o dia zero?

Essa fala tá até hoje lá no site da Consensys, empresa que cria softwares para Ethereum.

Emissão infinita de ethers replica as moedas fiats

Não existe também um limite de ethers que podem ser criados.

Andam chamando ether de ultrasound money, porque o protocolo queima tokens das taxas de transação com o objetivo de tornar ether mais escasso.

Isso começou numa atualização recente chamada EIP 1559. Assim, quanto maior a demanda da rede, mais ethers são queimados. Mas, isso não quer dizer que não é possível emitir mais ethers de forma ilimitada!

Logo, se não há limite de emissão, não há previsibilidade das propriedades monetária, não é escasso.

Com o mercado desaquecido, com as recentes quedas, as taxas de ethereum chegaram nas mínimas, de volta aos níveis de maio de 2020.

Como resultado, apenas 11% da emissão está sendo queimada. O que significa que que ethereum está inflacionando, está criando mais ethers do que queima.

Veja isso no gráfico abaixo.

Gráfico que mostra a emissão e a queima de ETH
Fonte: @_Checkmatey_

Assim, acaba-se com a narrativa de ultrasound money, e de Ethereum ser mais escasso que o Bitcoin.

Não é e nunca vai ser ultrasound, porque sound money não faz expansão monetária!

O gráfico abaixo mostra a política monetária de Ethereum.

Veja que o cronograma de emissão de moedas não parece um cronograma, e sim um rabisco aleatório. Além disso, aquela tendência da emissão ir a zero já não é o que tá acontecendo, como vimos no gráfico anterior.

Histórico Ethereum

Agora, compare com a precisão matemática da política monetária do bitcoin na imagem abaixo, na qual foi pensada precisamente do dia zero até os próximos 120 anos.

Observe como a tendência de inflação monetária (criação de novos btc) tende a zero quando a oferta de Bitcoin vai atingindo o limite de 21 milhões de unidades.

Política Monetária Bitcoin
Fonte: River Financial

Comparando as duas imagens fica clara a diferença, não é mesmo?!

Nodes de Ethereum são centralizados

Outra questão também é a centralização na arquitetura de rede de Ethereum.

Os nodes que verificam e validam os blocos tem suas máquinas totalmente dependentes de datacenters ou de empresas centralizadas.

Além disso, tem um site que se chama etherenodes.org, que mostra que 66% dos nodes Ethereum ficam hospedados sob responsabilidade de um terceiro.

Gráfico que mostra que 66% dos nodes ficam hospedados em terceiros

Portanto, quando a gente clica pra ver quem são esses terceiros aparece a imagem abaixo.

nodes 2

Veja que cerca de 58% dos nodes estão em datacenters da Amazon e 14% da Hetzner, sem contar os outros datacenters em menor proporção que aparecem alí.

Assim sendo, se um governo mandar a Amazon desligar os nodes Ethereum ou censurar algum usuário específico, eles terão que cumprir.

A centralização dos nodes é uma grande fragilidade de segurança e uma grande força fiat com potencial de censura. Isso acontece porque rodar um node de Ethereum de forma descentralizada, com o seu próprio hardware, em casa e com capacidade para armazenar toda a blockchain custa caro.

Isso custaria, pelo menos, 20 mil reais! Tudo porque você precisaria de um computador potente e com capacidade suficiente para guardar a blockchain inteira.

Segundo a Alchemy, uma empresa que fornece o serviço de nodes remotos para Ethereum, é necessário ter um drive com pelo menos 10TB+ de espaço, para rodar um node archive. Portanto, não é qualquer pc que tem essas configurações.

Tamanho nó de arquivo
Site Alchemy

O gráfico abaixo ilustra como o Ethereum tende a exigir computadores cada vez mais potentes e caros para executar seu próprio node de casa, sem receber qualquer recompensa em troca.

Como resultado, a maioria dos nodes Ethereum e outras criptomoedas estão centralizados em data centers, o que restringe a descentralização da rede, já que o código foi escrito de maneira a limitar essa descentralização.

Exigência de MB por ano

Censura governamental?

Assim, se os nodes estão centralizados, eles podem ser facilmente censurados num ataque governamental, como a gente viu com Tornado Cash, por exemplo.

Projetos quando não são suficientemente descentralizados e seus criadores são conhecidos, estão mais suscetíveis à censura governamental.

A centralização antes camuflada acaba sendo exposta nesses ataques de governos opressores que passam a ver códigos open source como uma ameaça.

Outra situação é que muita gente roda node remoto de Ethereum e acha que tá arrasando, quando na verdade tá só rodando um programa que depende do hardware (da máquina) e da cópia blockchain de um terceiro (datacenters ou exchanges).

Isso não é descentralização, é apenas rodar uma interface. É depender da Amazon e das mesmas big techs centralizadas de sempre. O don’t trust, verify só vale quando você tem a cópia do blockchain e você pode verificar na sua própria cópia, na sua própria máquina, se as informações são válidas ou não.

Essa centralização em datacenters é reflexo da postura inicial do próprio Vitalik que desdenhou no passado necessidade de usuários rodarem o seu próprio node.

Mas, esse é só mais um outro ponto sobre o qual ele também mudou de ideia tempos depois.

“A ideia de usuários comuns validando pessoalmente toda a história do sistema é uma estranha fantasia de homem da montanha. Pronto, falei”.

Vitalik Buterin

Tuíte de Vitalik Buterin
Postagem Original

Na ultima apresentação de Vitalik Buterin na ETHC22 (Ethereum Comunity Conference), ele falou em focar em descentralização e do papel de rodar nodes que tivessem hardware mais leves.

A grande diferença é que os light e full nodes de Ethereum não são como os full nodes de bitcoin que possuem cópia de toda a blockchain.

Os nodes que podem verificar toda a blockchain Ethereum são chamados de nodes archive (arquivo). Assim, eles seriam os equivalentes aos full nodes do bitcoin.

Essas nomenclaturas parecidas podem confundir quem não está antenado nos tipos de node de cada rede.

Foco em descentralizacão do ETH

Portanto, para exemplificar, os nodes de bitcoin podem rodar em PCs velhos ou até em mini computadores como Raspberry Pi que custam de 500 a dois mil reais. Ou seja, é bem mais acessível que os 20 mil reais para rodar um node archieve de Ethereum.

Proof of Stake

Tá, beleza! Mas, você pode estar pensando, “ah, mas quando virar PoS isso deve ser resolvido”! NEGATIVO!

A centralização piora. É aí que o The MERGE se torna a maior “buy the news, sell the fact” dos últimos tempos.

A  distribuição entre os pools de staking de ETH 2.0 está na maioria com exchanges como Kraken, Coinbase e Binance.

Ou seja, empresas centralizadas que tem cacife para bancar o hardware e mais os 32 eth para deixar em stake, o que tem um custo de cerca de 320 mil reais somando o custo de hardware, mais os 32 ethers que por si só custam cerca de 300 mil reais.

Ditribuição do Pool

Lido: Protocolo DeFi

Além das exchanges, uma parcela significativa de 31% do ether em staking está no protocolo Lido, um protocolo DeFi (finanças descentralizadas) que permite que os usuários façam staking de forma “descentralizada”. No entanto, é importante notar que o Lido é uma DAO (organização autônoma descentralizada), que é formada por um grupo de pessoas. Houve muita discussão sobre a falta de descentralização das DAOs, e o Lido não é exceção.

A centralização do Lido se manifesta principalmente na distribuição de tokens de governança, que é realizada de forma centralizada através de um conjunto limitado de entidades conhecidas como “participantes do bootstrap”. Esses participantes receberam inicialmente uma grande quantidade de tokens de governança em relação aos demais usuários, o que lhes confere uma influência desproporcional na tomada de decisões em relação ao protocolo. Como resultado, alguns críticos argumentam que o Lido não é tão descentralizado quanto poderia ser.

Assim, a centralização de Lido aparece na distribuição de tokens de governança onde:

  • 36% ficam no tesouro do protocolo
  • 22% para investidores (Venture Capitals)
  • 20% aos desenvolvedores iniciais
  • 15% pros fundadores e futuros funcionários
  • e 6,5% para validadores
Alocação do token LDO

Então, são essas pessoas que vão mandar nessa DAO, que nesse momento concentra 30% dos ethers em staking!

Essa arquitetura muito apoiada nesses 4 players (binance, coinbase, kraken e lido) compromete a segurança da Ethereum, a partir do quanto essas entidades terão poder de decisão no protocolo.

Como bem falou Nick Szabo, “ terceiros de confiança são buracos na segurança”.

Devagarinho Ethereum vai simplesmente recriando o sistema fiat, só que com novos nomes, personagens e novas histórias. Entretanto, a dinâmica centralizada e apoiada nos novos bancos, as exchanges, permanece o mesmo após o The Merge.

Ai os haters vão dizer: “Ah, mas o bitcoin tem pool de mineração que são centralizados!”

A grande diferença é que os pools de mineração bitcoin não fazem parte do consenso do bitcoin. Lembre-se que pool não tem as máquinas, mineradores tem.

Além disso, mineradores e pools não tem poder sobre a rede bitcoin, eles servem à ela. Assim, quem força as regras a serem seguidas no bitcoin são os nodes, nos quais são bastante descentralizados.

Portanto, mineradores podem sair do pool a qualquer momento e minerarem sozinhos ou migrar de pool, o poder está nas mãos dos usuários e não dos devs, ao contrário de Ethereum onde o poder de decisão está totalmente apoiado nos pools de Staking, que faz parte do consenso e da Fundação Ethereum, que modifica o código arbitrariamente. Explicamos mais sobre pools nesse vídeo.

Esse poder presente nos devs de Ethereum é perceptível na mudança para PoS, pois demonstra decisões de cima pra baixo, ou seja, dos devs para o restante da rede.

E isso é exatamente como empresas fazem e não como protocolos evoluem. Os mineradores Ethereum que não atualizarem para PoS irão ser excluídos da rede, como mostra no próprio site ethmerge.com. Ou seja, o protocolo força consenso através de atualizações mais recentes, quem não atualizar será excluído e perderá anos de investimento em máquinas.

Novo protocolo Ethereum, após "The Merge"

Essa é uma diferença CRUCIAL entre altcoins e bitcoin.

Bitcoin é retrocompatível, ou seja, usuários que estão rodando versões anteriores não serão excluídos da rede ou perderão segurança por isso.

Já Ethereum e outras altcoins não são retrocompatíveis. Assim sendo, quem não atualiza seu software é excluído de participar do consenso ou pode ter bugs nos seus contratos.

Esse é um dos motivos de muitos hacks em defi e outros protocolos onde a falta de atualização expõe usuários a riscos de roubo ou bugs.

Diferança Bitcoin e Ethereum

Essas mudanças no código, no mecanismo de consenso de PoW para PoS mostra também como Etheruem não é imutável, uma característica chave para que qualquer protocolo possa ser considerado seguro e descentralizado.

Inclusive a mudança para PoS tem até uma “data”, uma altura de bloco. O próprio Vitalik postou isso do seu twitter.

Tuíte de Vitalik Buterin

O fato de ter um criador e uma equipe determinando essas mudanças de cima pra baixo é uma grande evidência de centralização.

Muita gente diz que falar de descentralização é ideologia, que não adianta nada se não ganhar dinheiro com o mercado. Contudo, é quando se descarta princípios, como a descentralização, que você vai precisar deles nos momentos mais críticos.

No caso de Ethereum, quando você quiser sacar seus ETH em staking pode ser que não consiga. Os devs estão colocando travas para que as pessoas não possam sacar seus ETH de uma só vez.

Nesse tuíte um dos devs de Ethereum explica que:

“O plano atual é implantar a funcionalidade de saques em uma atualização de software em  6 meses a 1 ano depois da fusão. Também o sistema de saques será implementado como uma fila, para limitar a quantidade de ETH que pode ser retirada por dia”

Tuíte do dev da Ethereum, chamado de Montana Wong

É tipo o hotel california, depois que você entra, coisas estranhas acontecem e você não consegue mais sair.

Tudo isso porque muita gente que deixou ETH em staking há um ano ou mais e, depois do Merge, pode querer sacá-los, mas não vai conseguir na hora que desejam, porque haverá essa “fila” de saques e não há transparência sobre quem terá prioridade ou não.

Não há também um cronograma de como serão as recompensas em staking para a próxima década ou século. Logo, tudo está nas mãos do Vitalik e sua fundação, não há previsibilidade pública e transparente.

Ethereum Foundation vendeu ether na alta

Agora, o último ponto do porquê não confiamos em ethereum é por conflitos éticos.

Vitalik através da Ethereum Foundation, vendeu 70 mil ethers, ou 336 milhões de dólares, no topo de 2017.

E de novo a Ethereum Foundation vendeu no topo do ciclo em novembro de 2021, como mostra a imagem abaixo.

Será que eles tinham informações privilegiadas novamente? Dois ciclos vendendo no topo…

Venda de ETH pela Ethereum Foundation
https://twitter.com/edwardmorra_btc/status/1484640031121813505?s=20&t=RcomN_6xkyCl_MeYD75Kig

Ao contrário de Satoshi que nunca realizou lucros, Vitalik através da Ethereum Foundation vendeu ethers na cabeça do varejo, ou seja, das pessoas, o que é bastante antiético, especialmente porque no próprio site da Ethereum Foundation eles se autodenominam uma organização sem fins lucrativos.

E não para por aí, pior fica se a gente relembra que é um protocolo que criou do nada os seus próprios tokens e tem um volume considerável para vender caso queira.

Sobre a Ethereum Fundation

Além disso, é antiético porque o próprio Vitalik falava que Ethereum deveria ser sem fins lucrativos, que beneficiaria o mundo inteiro, ao invés de enriquecer apenas algumas pessoas. Entretanto, foi o oposto do que ele e a sua fundação fizeram juntos vendendo ETH no topo dos últimos 2 ciclos.

Untitled 12

É a máxima caricatura de shitcoins em que donos de projetos imprimem tokens a custo ZERO, via pré-mineração, e vendem na cabeça das pessoas que compraram, pagaram um preço real, iludidas que o projeto cumpriria tudo o que promete.

O que torna Ethereum diferente de um Banco Central?

Depois de perceber tudo isso, o que torna Ethereum diferente de um Banco Central imprimindo dinheiro à benefício próprio? Ou mesmo de uma empresa que usa de informações privilegiadas para lucrar com a oscilação futura das suas ações de acordo com as notícias que são divulgadas por eles mesmos?

Existem muito mais argumentos, mas abordamos os principais que são:

  • Segurança
  • Descentralização
  • Ética do protocolo

Poderíamos falar sobre a época do hack da Maker DAO, quando a blockchain Ethereum precisou reverter transações e o seu criador, Vitalik, pediu que as pessoas parassem de negociar.

Conversa de Vitalik Buterin, pedindo para as pessoas parassem de negociar ETH

Outro assunto que poderíamos abordar são as controvérsias envolvendo a Metamask, que está vinculada à Infura e já foi acusada de censurar usuários. Além disso, a empresa foi comprada por grandes bancos, como JP Morgan.

JP Morgan chega à ConsenSys (Dona da MetaMask)

Poderiamos falar também como Vitalik apoiou bitcoin cash na época do fork, que foi um grande ataque à descentralização do bitcoin, durante a conhecida época da guerra dos blocos:

Vitalik apoiando Bitcoin Cash

Conclusão

Depois que você entende o que descentralização realmente significa, percebe que Ethereum não é nem um pouco descentralizada. Embora muita gente negue isso, pois não enxerga o que eu mostrei aqui ou porque muitas vezes se beneficia da falta de entendimento geral sobre o assunto.

Muito se fala da utilidade do projeto Ethereum e das coisas que estão sendo construídas nessa rede, mas poucas pessoas tem senso crítico ou param pra investigar se tudo o que falam é verdade.

Portanto, se você quer entender mais sobre isso, assista esse vídeo sobre as mentiras de Ethereum:

Espero que este artigo tenha aberto um pouco mais os seus olhos para os fundamentos que de fato importam, todo o resto é perfumaria para confundir e manipular demanda e preço.

Fica esperto pra não cair em balela usando palavras difíceis, financeirês misturado com códigos que servem pra falsificar entendimento. Foco no Bitcoin, nos fundamentos e no longo prazo!

E das shitcoins: Opt Out.

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Escrito por
Imagem do Autor
Carol Souza

Uma das principais educadoras de Bitcoin no Brasil e fundadora da Area Bitcoin, uma das maiores escolas de Bitcoin do mundo. Ela já participou de seminários para desenvolvedores de Bitcoin e Lightning da Chaincode (NY) e é palestrante recorrente em conferências sobre Bitcoin ao redor do mundo, bem como Adopting Bitcoin, Satsconf, Bitcoin Atlantis, Surfin Bitcoin e mais.

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