Hoje existem milhares de plataformas de compra e venda de Bitcoin, além de carteiras e outros aplicativos que oferecem soluções variadas para pessoas que desejam utilizar BTC. Uma dessas plataformas é a Coinbase, que surgiu em 2012 e hoje é conhecida por ser uma das maiores exchanges do mercado.
Neste artigo vamos entender melhor sobre a Coinbase, como ela funciona, quais suas características e se vale a pena usar essa exchange. Se você está com dúvida sobre a Coinbase, chegou a hora de resolver isso!
Bora lá!?
Índice:
O que é Coinbase?
A Coinbase é uma plataforma americana que permite comprar, vender, armazenar e negociar Bitcoin e shitcoins. Ela foi fundada em junho de 2012 por Brian Armstrong, ex-desenvolvedor do Airbnb, e Fred Ehrsam, ex-trader do Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento dos Estados Unidos, após se conhecerem em um encontro para empreendedores.
Ben Reeves, cofundador da empresa Blockchain.info, chegou a fazer parte da equipe original, mas deixou o projeto devido a divergências de opinião sobre como a Coinbase deveria operar.
A empresa surgiu com um objetivo muito simples: ser uma plataforma fácil e intuitiva para que qualquer pessoa pudesse comprar e armazenar Bitcoin. Hoje, ela se intitula “a plataforma mais segura do mundo para comprar, vender e gerenciar criptomoedas“.
No começo, a Coinbase focou apenas no mercado norte-americano, onde era possível comprar e vender bitcoin por transferência bancária. Entretanto, logo após eles expandiram para outras moedas.
Em 2013, após receber um investimento de US$ 23 milhões, a Coinbase ganhou mais notoriedade no mercado e experimentou um salto significativo em 2017, quando houve uma crescente demanda por Bitcoin e outras moedas.
Naquela época, o preço do Bitcoin chegou a atingir US$ 20 mil.
Listagem na Bolsa de Valores
Em 2020, a exchange fez um pedido de abertura de IPO (Initial Public Offering ou Oferta Pública Inicial) para poder ter suas ações listadas na bolsa de valores americana.
Assim, a Coinbase atingiu uma avaliação pré-IPO de US$ 100 bilhões em um leilão privado. Esse valor fez com que, além de ser a primeira exchange a abrir capital, ela também se tornasse a empresa mais valiosa do setor a realizar um IPO.
Sendo assim, no dia 14 de abril de 2021, a empresa realizou sua listagem, com o preço de referência das ações fixado em US$ 250. No dia do lançamento, a exchange adicionou uma mensagem oculta na blockchain do Bitcoin, fazendo alusão à mensagem de Satoshi Nakamoto incluída no bloco gênesis.
Principais serviços da Coinbase
Além do serviço de compra e venda de bitcoin e shitcoins, a Coinbase também tem outras aplicações voltadas para usuários individuais ou empresas:
Usuários individuais:
- Wallet: carteira auto custodial para armazenamento de bitcoin e shitcoins (altcoins, NFT e DeFi).
- Cartão: um cartão onde é possível gastar e receber cashback em moedas digitais.
- Bônus por aprendizado: um serviço onde você pode assistir vídeos e realizar tarefas para ganhar uma recompensa em moedas digitais dentro da Coinbase.
- Aplicativos on-chain: uma série de aplicativos com serviços em blockchain para realizar operações que eles alegam ser de forma descentralizada (mas sabemos que não é).
- Staking: uma ferramenta para deixar moedas em staking e receber recompensas por isso.
- Private Client: serviço para fundos, family offices e pessoas com patrimônio elevado.
- Coinbase One: serviço de assinatura onde é possível pagar taxas menores em negociações e receber um pouco mais com staking.
Empresas:
- Institucional: soluções para investidores institucionais.
- Prime: serviço de negociação, finanças e custodia integrada.
- Listagem de ativos: serviço para que outras empresas possam listas seus ativos (shitcoins) na Coinbase.
- Comércio: recurso para que comerciantes possam aceitar moedas digitais em seu negócio.
- Plataforma: mercado spot para negociação de alta frequência.
- Exchange Internacional: acesso a mercado de futuros perpétuos.
- Derivativos: negociação em mercado de futuros.
- Staking: recompensa por staking em produtos Coinbase.
Taxas da Plataforma (Maker-Taker)
A Coinbase adota um modelo de taxas conhecido como maker-taker. Isso significa que as taxas variam conforme você esteja criando liquidez (ordens maker) ou retirando liquidez (ordens taker).
As taxas também podem variar de acordo com o país e as modalidades de pagamento, mas, de forma geral, consistem em:
- Taxas Taker: entre 0,05% a 0,60%, dependendo do volume total em 30 dias.
- Taxas Maker: de 0,00% a 0,40%, também dependendo do volume negociado.
- Depósitos: via ACH (transferência bancária nos EUA) são gratuitos. Depósitos via transferência bancária (wire transfer) têm uma taxa de $10 para entrada e $25 para saída.
- Saques: as retiradas em dólares americanos também têm uma taxa de $10 quando feitas por transferência bancária.
E no Brasil, como essas taxas funcionam?
No Brasil, o envio de PIX para a plataforma é gratuito e pode ser realizado a partir de R$ 1.
Entretanto, a Coinbase aplica outras taxas, como 1,49% para compras e vendas realizadas com conta bancária.
Para transações feitas com cartão de crédito, a taxa pode chegar a 3,99%.
Além disso, para transações inferiores a R$ 1.000, uma taxa mínima também pode ser aplicada.
Leia também: comprar Bitcoin na Binance vale a pena? É confiável?
Coinbase Wallet
A Coinbase Wallet é uma hot wallet que suporta Bitcoin e shitcoins, ela é auto custodial, ou seja, o usuário possui controle das chaves privadas.
Entretanto, apesar da empresa entregar as chaves privadas aos usuários, não sabemos o quão confiável é a carteira da Coinbase, já que ela está ligada a uma empresa centralizada e que realiza KYC dos clientes.
Além disso, o fato de suportar diversas outras redes e aplicações pode comprometer a segurança da carteira para quem quer armazenar somente Bitcoin, por exemplo.
A Coinbase é confiável?
Sim, a Coinbase é uma corretora conhecida no mercado e uma opção para comprar Bitcoin. No entanto, como em qualquer exchange, você não deve deixar seus Bitcoins armazenados na corretora, mas sim mantê-los sob sua própria custódia.
Apesar de ser uma plataforma global e com milhares de usuários, a Coinbase é centralizada e pede KYC dos usuários.
Além disso, oferece e possui vários serviços envolvendo shitcoins na exchange, o que pode indicar que eles estão se preocupando mais em ganhar dinheiro com os usuários do que oferecer uma solução segura e eficiente para comprar Bitcoin.
Mais uma vez, é importante lembrar que você não deve deixar seu Bitcoin sob a custódia de exchanges ou terceiros. Plataformas centralizadas podem, a qualquer momento, cancelar sua conta ou impedir a realização de operações, muitas vezes sem motivo aparente, como ocorreu com este usuário do X.
Como você pode ver, a conta dele na Coinbase foi restrita, e nos comentários é possível encontrar diversos outros relatos de usuários que tiveram suas contas restringidas ou banidas sem qualquer justificativa. Muitos tentam entrar em contato com o suporte da empresa, mas permanecem sem resposta.
Isso não acontece apenas com a Coinbase, mas também com várias outras corretoras centralizadas. Por isso, é sempre importante lembrar que corretora não é carteira (mesmo que a Coinbase ofereça uma, rs).
Seus BTC devem ser armazenados em uma carteira auto custodial, preferencialmente de armazenamento frio, ou seja, que não esteja conectada à Internet, como as hardware wallets, por exemplo, Jade e Trezor.
Considerações finais
Como vimos, a Coinbase é uma das maiores exchanges do mercado e conta com uma série de serviços, tanto para pessoas físicas como para empresas. O fato de ter se tornado a primeira exchange a ter um IPO e ser lançada na bolsa colocou ela em destaque no mercado.
No entanto, é importante lembrar que a auto custódia é um dos pilares fundamentais no Bitcoin e o recomendado é que você compre bitcoin e já envie o saldo para a sua própria custódia.
Espero que esse artigo tenha te ajudado a entender mais sobre a Coinbase e se ela é confiável para usar.
Até o próximo artigo e OPT OUT!
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Fundadora da Area Bitcoin, um dos maiores projetos de educação de Bitcoin do mundo, publicitária, apaixonada por tecnologia e mão na massa full time. Já participou das principais conferências de Bitcoin como Adopting, Satsconf, Surfin Bitcoin e Bitcoin Conference.
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